quarta-feira, 10 de junho de 2009

Os quatro Cavaleiros do Apocalipse...estão agindo em nossos dias?


Muito se tem falado acerca destes quatros cavaleiros que a Bíblia descreve em Apocalipse 6.01-08. Alguns chegam a dizer que esses indivíduos são simbólicos, outros dizem que eles já agem nos dias de hoje. Será isso mesmo que a Bíblia ensina acerca disso? Ou será que estão fazendo muitas conjecturas acerca do que não entendem? Devemos lembrar que o princípio da Hermenêutica (ciência da interpretação da Bíblia), é que a Bíblia explica a si mesma. Vamos então, percorrer um pouco pelo capítulo 6 de Apocalipse e ver o que realmente a Bíblia fala acerca destes cavaleiros. Não entrarei em muitos detalhes, pois o espaço é pequeno, mas darei o suficiente para que você possa alicerçar a sua fé baseado na verdade da Palavra de Deus.

Começamos com o primeiro cavaleiro. Alguns afirmam que este cavaleiro é Jesus Cristo, pois diz o texto bíblico “e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer” (verso 2). Pelo fato de o texto falar de coroa, arco e vencendo e para vencer, acreditam que seja o Cristo, o que não é verdade, pois no versículo 1 de Apocalipse 6 quem abre o selo é o Cordeiro (título empregado a Cristo), logo não pode ser Ele. Na verdade é uma referência ao anticristo pois os acompanhantes de Cristo são de melhor qualidade que estes que acompanham o cavaleiro do cavalo branco (fome, peste, guerra e morte). Também não pode este cavaleiro estar agindo agora, pois entendemos pela Escatologia (estudo das últimas coisas) que o anticristo somente surgirá quando a Igreja for arrebatada da terra. Então vem a pergunta: a Igreja já foi arrebatada? A resposta é um sonoro não. Nem tampouco houve o aparecimento do anticristo.

O segundo cavaleiro de cavalo vermelho se diz que “foi lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros (verso 4)”, também não pode estar agindo nos dias de hoje, pois, há a profecia de Jesus em Mateus 24.04 em diante, de que “ouvireis falar de guerras e rumores de guerras...porém , tudo isto é o princípio das dores”, ora, sempre houve guerras e atualmente se tem ouvido rumores de guerras, mas atentemos para a frase dita por Jesus “tudo isto é o princípio das dores”. No original grego, João escreveu “princípio das dores de parto”. Sabemos que não é quando as dores de uma mulher grávida estão no começo é que ela vai dar a luz, e sim quando estas dores começam a ficar mais freqüentes é que esta prestes a dar a luz. Da mesma forma, quando os setes tipos de eventos vaticinados por Jesus, não seriam sinais a serem observados de imediato, somente quando estes eventos (ou dores de parto) se tornarem mais freqüentes e intensas saberemos que os últimos dias da Igreja e o nascimento de um novo tempo se aproxima. Quando olhamos detalhadamente o verso 4 de Apocalipse 6, vê-se que ao cavaleiro do cavalo vermelho foi-lhe dado tirar a paz da terra. Pergunto: há paz na terra atualmente? Não. Para que este demônio tire a paz, ela (a paz, na verdade uma falsa paz, produto do Anticristo que estará reinando na terra naqueles dias) tem que estar em ação.

O terceiro cavaleiro, de cavalo preto, aparece com uma balança na mão, e uma voz dizia “Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevadas por um denário; e não danifiqueis o azeite e o vinho (verso 6)”. A manifestação deste cavaleiro, nos indica uma tremenda escassez de alimentos. Uma “medida”, no original grego, é uma capacidade de mais ou menos de um litro, e um denário é o salário de um dia de trabalho (Mt 20.02). O que temos presenciado no mundo é que está havendo uma super produção de alimentos. Notemos que a ação dos quatros cavaleiros é global e não local.

No verso 8 vemos a manifestação do cavaleiro de cavalo amarelo (amarelo é a cor da morte), que o texto descreve assim: “e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar a espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra”. Sabemos que a humanidade caminha rapidamente para a casa dos 8 bilhões de pessoas (8 000 000 000). Se dividirmos em quatro esta cifra, teríamos o número de 2 000 000 000 de pessoas. Onde em nossos dias morreram esta quantidade assustadora de pessoas, quer pela guerra, quer pela fome ou pelas feras (ou pode ser bactérias e vírus nocivos ao homem)?

Podemos ver, quando analisamos cuidadosamente os textos bíblicos, que os quatros cavaleiros do Apocalipse não estão agindo em nossos dias, pois as guerras, as fomes, as doenças, as catástrofes da natureza (terremotos, marés, furacões, etc), estarão num grau tão elevados que o mundo se espantará com a intensidade desses sinais. O que eu quero dizer é que o que está acontecendo em nossos dias, realmente é apenas o “princípio das dores de parto”, pois quando a Igreja for arrebatada, haverá neste tempo, (chamamos de A Grande Tribulação o período que vai do arrebatamento da Igreja até a manifestação visível de Cristo para a humanidade – o período da Grande Tribulação é de 7 anos), “porque neste tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, e nem haverá jamais (Mateus24.21)”.

Comentário elaborado por Douglas Diniz Curcino em 20 de Fevereiro de 2006 em resposta ao artigo do Jornal Maranata onde um querido irmão, o sr. Marcos da Igreja AD ministério de Santos expôs seu ponte do vista afirmando que os 4 Cavaleiros do Apocalipse já estavam em ação em nosso dias.

Observação: Esse distinto irmão não tentou refutar este artigo que também foi editado no jornal Maranata de uma determinada igreja local.

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