DESMASCARANDO O MINISTÉRIO VOZ DA VERDADE

... e disse Jesus:

“Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.” Mt 15.7-9

Confrontando o ministério Voz da Verdade com a Bíblia Sagrada.

Introdução:

A igreja Voz da Verdade (IVV) tem sua Sede na cidade de Santo André, São Paulo. O atual presidente desta igreja é o sr. Carlos Alberto Moysés, e também é pastor, cantor, compositor e guitarrista do grupo musical de mesmo nome. Ele afirma categoricamente em seu CD Voz Estudo 01, que a IVV é uma igreja que tem como única regra de fé, a Bíblia Sagrada.

No entanto, quando comparamos os ensinos desta igreja pela Bíblia Sagrada, conclui-se que esses ensinos são considerados heréticos, pois a Bíblia reprova os ensinos da Igreja Voz da Verdade.

O presente estudo tem como objetivo analisar à luz da Bíblia os falsos ensinos da IVV e mostrar se tais ensinos estão de acordo com a Palavra do Senhor ou não.

O meu desejo é que este estudo seja apenas um instrumento nas mãos do Senhor, para que assim, eu possa refutar as heresias propagadas pela IVV usando a Palavra do Senhor. Quero usar a Bíblia resumida em livros, capítulos e versículos para respondê-las, pois a Palavra do Senhor é poderosa em Sua influência, e digna de inteira aceitação (Jr 5.14 e 23.29; Rm 1.16; Ef 6.17; Hb 4.12 e I Tm 4.9).

Não sou um apologista renomado, mas, como todo cristão consciente, sei do meu dever de batalhar pela fé que uma vez foi entregue aos santos (Jd v.3), e analisar absolutamente tudo o que ensinam por aí, pela Palavra de Deus, que é a única regra de fé e de prática dos verdadeiros seguidores de Jesus.

É muito interessante notar que a própria Bíblia nos exorta a examinar os ensinos que surgem por aí afora. Veja:

“Examinai tudo.” (I Ts 5.21)

E é muito interessante notar também, é que Paulo chamou os bereanos de os mais nobres que os de Tessalônica, pois eles examinavam tudo o que Paulo lhes falava, comparando tudo com as Escrituras (conf. At 17.11).

A Bíblia nos diz em II Tm 3.16 que:

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça”

E diz também que ela tem o poder de discernir os pensamentos e os propósitos do coração do homem (Hb 4.12), então, usufruindo da autoridade que Deus me deu (Ez 3.11; 33.1-9; II Tm 4.1-5), convido você a analisar à luz da Bíblia para ver se os ensinos da IVV estão de acordo com os ensinamentos da Palavra de Deus, e veja você mesmo o que a Bíblia diz sobre esses ensinos. Pois me vejo obrigado a não me calar diante dos falsos ensinos da IVV que minam a estrutura dorsal da Igreja de Cristo, e sei que tenho a obrigação de fortalecer, de acordo com as Escrituras, os que estão sendo enganados por essa falsa igreja, para que não sejam mais enganados por qualquer ensino estranho que surge por aí (leia Ef 4.14).

Pegue a sua Bíblia e acompanhe-me nesse estudo, conferindo em sua Bíblia todas as referências que aparecerem.

I- No que crê a IVV

01- Nega a doutrina da Trindade, afirmando que a doutrina da Trindade é uma “teoria religiosa de intenção carnal e diabólica com o sentido de alimentar uma ilusão de Satanás que teve a pretensão de pluralizar a plenitude da divindade;

02- Diz que Jesus é tanto o Pai, como é o Filho e o Espírito Santo, diz a IVV: “Quando a Bíblia se refere a Deus, está falando no Espírito Santo que é o Pai, Criador e Senhor de todas as coisas”, “Jesus tanto é o Pai, como é o Filho...”, “Jesus pode ser o Pai e também o Filho? É muito lógico que sim, pois Ele é Deus...”;

03- Nega a eternidade do Senhor Jesus Cristo quando diz: “antes da manifestação de Jesus como homem não havia Filho de Deus (somente os anjos eram tidos como Filhos de Deus...”;

04- Negam a personalidade do Espírito Santo. Para isso usam o texto de Jo 20.22, onde vemos o Senhor Jesus assoprando sobre os apóstolos, o Espírito Santo;

05- Batiza só no nome de Jesus, e diz que o batismo é de extrema importância para a salvação, pois, afirma a IVV, que o batismo oferece perdão e remissão de pecados.

Além dessas heresias que procurarei refutar, há ainda um desafio feito pelo sr. Moysés no CD Voz Estudo 01, que é de alguém provar na Bíblia, a existência da Trindade. Eu aceito o desafio!

Em seu CD Voz Estudo 01, o sr. Moysés, começa afirmando que a única regra de fé da IVV é a Bíblia Sagrada, e diz também como devemos interpretá-la. Veja o que o sr. Moysés diz:

“Quero dizer que eu acredito na Bíblia Sagrada, que é o único livro de regra de fé de nosso ministério. Quero dizer outra coisa pra quem nos ouvem, não se pode pegar um texto separado, fora do contexto. Por isso, não se pode pegar um versículo à parte e fazer uma outra doutrina, uma outra religião. Então nós temos essas responsabilidades...”.

Como o leitor pode ver, aparentemente, o sr. Moysés possui uma boa compreensão da hermenêutica e da exegese bíblica, e parece saber que a Bíblia por si só explica a si mesma. A princípio, afirma que o que a Bíblia diz, é aceito pela IVV, mas na prática não é o que ocorre.

Na minha analise do CD Voz Estudo 01, o sr. Moysés, juntamente com sua esposa Liliane, não faz o que disse que faria, ou seja, não pegar um texto separado, sem o uso do contexto, pois o que ele mais fez foi isso. Além do mais, ignora as línguas originais da Bíblia, bem como todo contexto da narrativa bíblica, por exemplo, quando ele usa o Antigo Testamento para tentar provar que não existe a Trindade, cita 15 passagens bíblicas, contudo, 11 das 15 citações, são só do livro do profeta Isaías, mostrando com isso uma verdadeira falta de respeito pela hermenêutica bíblica, pois ignora Gênesis, Êxodo, Josué, etc. além disso, interpreta essas passagens totalmente fora do seu real significado, uma verdadeira afronta a exegese bíblica, e ainda distorce um versículo do Novo Testamento, mudando assim o seu real significado, ignora versículos importantes da Bíblia, usa histórias de fontes não confiáveis para apoiar suas heresias, e ainda tem a cara-de-pau de dizer que para se crer numa Trindade, é preciso ter muita fé (algo que ele não tem), sem contar que chega ao extremo ao afirmar que o Espírito Santo tem SANGUE !!! Isso mesmo. Mas prossigamos nesse estudo, e veja o que a Bíblia nos ensina sobre a Trindade, a eternidade de Jesus, a divindade e a personalidade do Espírito Santo, bem como outros assuntos.

II- Definindo os termos

· HERMENÊUTICA- é a ciência da interpretação da Bíblia, visando o estudo das línguas originais da Bíblia, neste caso, o hebraico, o aramaico e o grego.

· EXEGESE- ato de interpretar passagens bíblicas buscando o seu real significado. De dentro para fora.

· EISEGESE- o inverso da exegese, ou seja, dar um outro significado às passagens bíblicas, eliminando assim o seu real significado. De fora para dentro.

A IVV, não é muito diferente de outros grupos religiosos que se dizem cristãos, pois, como tais, interpretam a Bíblia da forma que melhor lhes convém, contanto que se ajuste com seus pontos de vista, ou seja, são eles que determinam o que a Bíblia deve dizer, quando que deveria ser que, a Bíblia determinasse o que eles deveriam dizer. Estão praticando a eisegese, colocam um significado na Bíblia que não está lá.

Devemos ter em mente que a Bíblia é a Palavra de Deus e por Ele inspirada (II Tm 3.16), e apta para discernir os pensamentos e os propósitos do coração do homem (Hb 4.12), portanto, ela é isenta de erros, e a Bíblia explica a si mesma, contanto que deixemos o Espírito de Deus nos revelar suas verdades através das páginas da Bíblia (Jo 14.26 e 16.13).

Sabendo que a Bíblia é a inerrante Palavra de Deus, a forma primária de Deus falar conosco, logo, ela possui tudo o que um verdadeiro cristão precisa para viver uma vida de perfeita comunhão com seu Criador (Mt 4.4).

Se os simpatizantes da IVV crêem na Bíblia como afirma o sr. Moysés, e crêem também que ela é a única regra de fé de seu ministério, então deixe que a Bíblia diga o que é certo e o que é errado, e veja se falo por mim mesmo. Eu prego o que a Bíblia diz. Ninguém, nem mesmo pastor, padre, rabino, ou seja, lá quem for, não tem autoridade, nem a liberdade para ensinar o contrário do que a Bíblia ensina (leia Is 8.29 e I Pe 4.11^a), o que a Bíblia fala, nós devemos falar. O que eu quero dizer com isso é que o sr. Moysés anda falando o que o Senhor não falou e isto é pecado, falar que suas heresias tem apoio nas Escrituras, mas a verdade é uma só, ele prega um outro evangelho totalmente estranho ao que é pregado na Bíblia. Em Gl 1.8 está escrito assim:

“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.”

É interessante notar que a palavra grega para outro neste versículo é “heteros”, no grego ετερσς,que significa “outro do tipo diferente” (veja mais em Gl 1.6,7).

Aceite o desafio de analisar este livro com a Bíblia para ver se falo por mim mesmo ou se falo de acordo com o que é ensinado na Bíblia, pois eu aceitei o desafio do sr. Moysés de provar o contrário do que ele disse no CD Voz Estudo 01.

III- Pesando na balança

No referido CD, o sr. Moysés afirma constantemente que Deus é uma única Pessoa, e não três como professa a doutrina da Trindade. Para a IVV, Jesus é tanto o Pai, como é o Filho e o Espírito Santo.

Para se chegar a este conceito da Trindade, obviamente interpreta os textos bíblicos que ele apresenta da forma que melhor se adapta ao seu modo de crer. Pelo fato de na Bíblia Sagrada não aparecer a palavra Trindade (três em um), não significa que ela não exista, certo? O planeta Saturno, ou Júpiter, ou Plutão já existiam antes mesmo que alguém lhes pusesse o nome. Do mesmo modo que a Bíblia não se preocupa em explicar a existência de Deus, por ser um fato inquestionável, assim é com a Trindade, pois também se trata de um fato.

Porém, a Bíblia nos dá muitos argumentos para se crer na doutrina da Trindade.

No ponto de vista da IVV, a Trindade é três manifestações de uma mesma Pessoa, concordando com Sabélio, que viveu cerca de 230 d.C, defensor ardente desta doutrina. A IVV é o sabelianismo com nova roupagem.

Para tentar provar que não existe a Trindade, o sr. Moysés, usando o Antigo Testamento, cita no tal CD, 15 passagens bíblicas, são elas:

Êx 20.3 Is 40.18 Is 40.13 Is 40.25 Is 42.8

Is 43.11-12 Is 44.6 Is 43.25 Is 45.5-6 Is 45.22

Is 45.23 Is 46.9 Sl 24.7-10 Jó 33.4 Is 9.6

Sendo que as três referências grifadas, ele usa para tentar provar que Jesus é o Pai. Já no Novo Testamento, para tentar provar que Jesus é o Pai cita 24 passagens, são elas:

Jo 1.1 Lc 1.34-35 I Tm 2.5 Rm 3.30 Gl 3.20 I Tm 6.14-15

Ap 19-16 Jd v. 4 Ef 4.5 Hb 6.13 Hb 7.1-3 II Ts 2.16

I Co 8.6 II Pe 1.1 Fp 2.10-11 I Co 2.8 Rm 9.4-5 Jo 10.30

Jo 20.22 Jo 3.13 Ef 4.4-6 Jo 15.13 Jo 3.16 I Jo 5.20

Mais a passagem de At 20.28 que é usado para tentar provar que o Espírito Santo tem sangue. As passagens de Jo 1.1 e 3.16, o sr. Moysés não faz uma análise mais profunda destes textos (como com todos os outros), interpretando-os de qualquer jeito. Já o texto de II Ts 2.16 ele omite a conjunção E que aparece entre Jesus e o Pai, modificando assim o verdadeiro significado do texto, ficando a entender que Jesus é o Pai. Diz assim o texto de II Ts 2.16:

“E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo e nosso Deus e Pai, que nos amou, e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança”.

Mas a conjunção E também aparece nas versões de Almeida Revista e Atualizada (ARA), Edição Contemporânea de Almeida, King James (versão em português) e também na Almeida Revista e Corrigida (Ed. 1995) sendo portanto, muito estranho e muito proposital o fato de o sr. Moysés omitir tal conjunção do texto bíblico, pois assim fazendo, fica fácil para ele defender suas heresias, mas se o sr. Moysés achou que isso iria passar desapercebido, caiu do cavalo, pois eu notei, e isso que ele fez, é algo grosseiro, infantil e inaceitável. Para quem faz tal coisa, a Bíblia afirma que não ficará impune quem faz tal arbitrariedade (II Pe 3.16), pois Deus não se deixa escarnecer (Gl 6.7), veja o que diz Pv 30.6:

“Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.”

Em Dt 12.32 diz:

“Tudo o que eu te ordeno, observarás para fazer; nada lhe acrescentarás nem diminuirás”.

Já no livro de Apocalipse 22.18-19, há uma sentença assustadora para quem gosta de brincar com a Palavra de Deus. Leia com bastante atenção:

“Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro.”

Os textos bíblicos do Antigo Testamento usados pelo sr. Moysés para tentar provar a inexistência da Trindade, estão todos fora da exegese bíblica (obviamente). Em nenhum texto, seja do Antigo ou do Novo Testamento, apresentados pelo sr. Moysés para tentar provar suas heresias, falam ou mostram que Deus é uma única Pessoa, ou que Jesus é tanto o Pai como também o Espírito Santo. É de doer os ouvidos ouvir o sr. Moysés dizer que não existe uma Trindade, ou que quer ver alguém provar na Bíblia, a Trindade.

Os textos do Antigo Testamento apresentados, apenas significam que só existe um único Deus (conf. Is 43.10), e não que Deus seja uma única Pessoa, mas, apenas que existe um único Deus. Da mesma forma que no Novo Testamento não há, em nenhum lugar, e muito menos nos textos lidos pelo sr. Moysés, que Jesus seja o Pai ou o Espírito Santo, mas apenas que Jesus é Deus, passar disso, é forçar e muito os princípios da hermenêutica.

A Bíblia nos ensina que Jesus é Deus, o Pai é Deus e o Espírito também é Deus, contudo, não são as mesmas Pessoas, nem são três deuses, mas um Deus só (Is 43.10), revelado na Pessoa do Pai, na Pessoa do filho e na Pessoa do Espírito Santo.

Jesus não é o Pai, o Pai não é o Espírito Santo, nem o Espírito Santo é Jesus. O Pai é distinto do Filho e do Espírito Santo, e vice-versa, no entanto, os três são um.

IV- Pesando na balança (parte II)

No hebraico, a língua original do Antigo Testamento, possui duas palavras que significam único, são elas אֶתָר (echad), e יָחִיר (yachid). Echad significa “unidade composta” e yachid significa “unidade absoluta, um só, apenas um, único”.

O interessante dessas palavras, de acordo com os Pastores Natanael Rinaldi e Paulo Romeiro, no livro “Desmascarando as Seitas (editora CPAD)”, é que a palavra yachid nunca é usada em relação a Deus, logo, o termo yachid não aparece nos textos do Antigo Testamento apresentados pelo sr. Moysés, mas apenas echad. Yachid é usada em Gn 22.2:

“E disse: Toma agora o teu filho, o teu único (yachid) filho, Isaque, a quem amas...” (ver vs. 16).

Vejamos agora alguns exemplos de uma unidade composta, no hebraico echad.

Em Gn 2.24, o Senhor diz:

“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.”

No hebraico אֶתָר בָּשָׁר (bosor echad), “uma carne”. E em Nm 13.23, Moisés enviou a Canaã doze espias, e quando eles voltaram de espionar a terra, trouxeram um grande cacho de uvas, que de tão grande, foi preciso dois homens para carregar em uma vara o cacho. Sabemos que havia no cacho centenas de uvas, numa única haste, e no entanto, Moisés usa o termo echad para se referir ao cacho, portanto, o termo yachid (um só) nunca é usado em relação a Deus, e sim, echad (unidade composta).

É digno de nota que o sr. Moysés não citou (não sei por que) em seu CD, um famoso versículo da Bíblia, que, coincidência ou não, também diz que Deus é um, vejamos, pois, Dt 6.4:

“Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.”

No hebraico está escrito assim: רהא הוהי וניהלא הוהי יִשְׂרָאֵל שְׁמצ (Shema, Israel: Adonai elohenu Adonai echad), nota-se que é empregado o termo echad para dizer que o Senhor é o único Senhor. Echad é unidade composta, e não unidade absoluta.

Outro fato interessante, é que o sr. Moysés não cita textos como Gn 1.26, 3.22, 11.07, Is 6.8, Dn 7.9, parece até ignorá-los. Mas vejamos o que dizem tais textos:

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;” Gn 1.26^a

“Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós...” Gn 3.22^a

“Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua...” Gn 11.7^a

“Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” Is 6.8

“Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou...” Dn 7.9

Analisando bem esses cinco textos, vemos a ação de mais de uma Pessoa na divindade. Pergunto, se Deus é uma única Pessoa, por que disse Deus, façamos, nossa, nós, desçamos, confundamos, e nós? Por que os verbos estão na primeira pessoa do plural- nós? E por que na visão do profeta Daniel que ele teve do Trono de Deus aparece a palavra tronos, também no plural? Se Deus é uma única Pessoa, por que então precisaria Ele de mais de um trono?

Se Deus fosse uma única Pessoa, na visão de Daniel o certo seria “...até que foi posto um trono...”, mas não, contrariando a doutrina unicista da IVV, a Palavra de Deus diz “tronos”, concordando com a doutrina da Trindade.

Em Gn 11.7, “vinde” é usado somente para a Segunda pessoa do plural- vós (conf. Mt 11.28,29), logo, fica bem claro que o Senhor chamava mais Pessoas (neste caso, o Filho e o Espírito).

Se Deus fosse uma única Pessoa, Ele diria assim: “Farei o homem à minha imagem, conforme a minha semelhança, ou, eis que o homem é igual a mim, ou, eu descerei e confundirei ali a sua linguagem, ou ainda, e quem há de ir por mim?”, mas não, o Senhor usou façamos, nossa, nós desçamos e confundamos... Todos os verbos na primeira pessoa do plural- nós!

Poderia a IVV afirmar que Deus estivesse falando com anjos, mas no verso 27 de Gn 1, lemos que o homem foi criado à imagem de Deus, e não de anjos. E, se fôssemos aceitar esta teoria, então os anjos seriam co-criadores, indo de confronto direto com o que diz em Is 44.24 e 45.18, e Cl 1.16, que nos ensinam que só o Senhor Deus é o Criador de todas as coisas.

Levando em conta que Deus não falava com anjos, logo, só pode ser entendido que Ele falava com o Filho Jesus Cristo e o Espírito Santo.

V- O Pai, o Filho e o Espírito são as mesmas Pessoas?

Existe um texto bíblico utilizado pela IVV para tentar provar que Jesus é o Pai, trata-se do texto de Is 9.6 que diz:

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.

Pelo fato de no texto estar dizendo que Jesus é o Pai da Eternidade, acredita a IVV que o texto está dizendo que Jesus é o Pai. Mas não é bem isso que o texto em questão está dizendo. Outra vez o sr. Moysés coloca um significado no texto que não está lá. O texto de Is 9.6 não afirma em nenhum momento que Jesus seja o Pai, e sim que Jesus é o Pai de algo, neste caso a eternidade.

De acordo com a Bíblia de Estudo Apologética (ed. ICP), Jesus é o Provedor da vida eterna (Jo 11.25). Por meio de sua morte e ressurreição Ele tem trazido vida, imortalidade e luz (conf. II Tm 1.10). Portanto, Ele (Jesus), é o Pai (ou Provedor) da Eternidade para todos os que nEle crêem (Jo 3.16 e 10.28).

Jesus sempre considerou ser distinto do Pai, mas o sr. Moysés tenta a todo custo, mas em vão, tentar provar que Jesus é o Pai. Usa como todos os unicistas, o texto de Jo 10.30 (que é o texto preferido dos unicistas) que diz:

“Eu e o Pai somos um”.

O sr. Moysés diz que o texto afirma ser Jesus o Pai, mas, por desconhecer os princípios fundamentais da hermenêutica e da exegese bíblica, outra vez tropeça no erro, que serve para mostrar que de Bíblia, o sr. Moysés não entende nada, pois de acordo com o autor do livro “Por que devo crer na Trindade”, o Pastor Robert M. Bown Jr. (ed. Candeia), diz que o numeral um usado em Jo 10.30, no grego εν (hen) é neutro, eliminando assim o conceito de que sejam uma única Pessoa.

Se Jesus é o Pai, por que então Ele disse “somos”, e não “sou”? Somos é plural, usado para a primeira pessoa do plural - nós.

Não obstante, o sr. Moysés não cita (não sei por qual razão), textos como Mt 3.16,17, onde nos mostram com muita clareza, a distinção das três Pessoas da Trindade, veja:

“E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.”

Analisemos, pois, o texto; quando o Senhor Jesus saiu das águas, viu o Espírito Santo vindo como uma pomba (Jesus viu alguém além de si, e não se viu), e dos céus o Pai falou, testificando acerca do Seu Filho. Se Jesus é tanto o Pai como também o Filho e o Espírito Santo, como Ele fez isso? Estar na Terra, descer dos céus e falar dos céus, e tudo ao mesmo tempo, como Ele fez isso? Se aceitarmos esta teoria (que é ridícula), de que Jesus é tanto o Pai como o Filho e o Espírito, então o Senhor Jesus deu uma de ilusionista, e de ventríloco, estar na Terra e descer dos céus e falar dos céus, tudo ao mesmo tempo. Mas não, o texto é bem claro como o sol do meio-dia, impossível de afirmar que os três sejam uma única Pessoa.

Há ainda o texto de Mt 11.25-27 onde também nos mostra que Jesus é distinto do Pai, veja:

“Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim te aprouve. Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.”

Aqui vemos Jesus dando graças a um outro indivíduo, e não a si próprio, e Jesus recebeu todas as coisas de uma outra Pessoa, e não de si próprio.

Há também o texto de Mt 7.21 que também nos mostra que enquanto Jesus estava aqui na Terra, o Pai estava no céu, diz o texto:

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (leia também Mt 16.17).

Enquanto Jesus estava aqui na Terra, o Pai estava lá em cima, no céu!

Nos textos de Jo 11.41; 14.6; 15.1 e Jo 17 todo, vemos bem claramente Jesus falando com o Pai, mostrando com isso a distinção que há entre os dois.

Se Jesus e o Pai são as mesmas Pessoas, porque então Ele (Jesus) clamou na cruz, dizendo “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste? (Mt 27.46)”; ou, quando disse “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem. (Lc 23.34)”; ou ainda “Pai, nas tuas mãos, entrego o meu espírito. (Lc 23.46)”? E o que dizer então de Jo 12.28, onde o Senhor Jesus diz “Pai, glorifica o teu nome...”, e uma voz dos céus respondeu “Eu já o glorifiquei, e outra vez o glorificarei.”? Quem falou do céu aqui, o Pai ou Jesus? Realmente fica um tanto complicado afirmar que os dois sejam a mesma Pessoa, quando a Bíblia nos mostra claramente o contrário.

VI- Jesus é o Espírito Santo?

Voltando às línguas originais da Bíblia, neste caso o grego, usado no Novo Testamento, no Evangelho segundo escreveu João (14.16), que diz:

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.”

Nota-se neste texto, as três Pessoas da Trindade distinta entre si, vejamos:

1-Quem está falando é Jesus (v. 9);

2-Ele iria rogar a quem? Ao Pai, e;

3-Para quê? Para que o Pai enviasse o Consolador.

O Consolador (no grego παρακλητοζ - Paracletos) é o Espírito Santo (conf. Jo 14.26), mas a palavra “outro” (no grego αλλοζ – Allos), que antecede a palavra Consolador, significa “outro da mesma espécie, outro do mesmo tipo”, ou seja, o Consolador seria do mesmo tipo que Jesus, “da mesma espécie”, e não que o Consolador seria o próprio Jesus camuflado de Espírito Santo, mas “outro do mesmo tipo, da mesma espécie”. O Consolador iria fazer (está fazendo) tudo o que o Senhor Jesus faria se estivesse aqui (conf. Jo 14.26, 15.26 e 16.7-14).

Como se pode ver, é um tanto complicado aceitar o ponto de vista da IVV, creio ser muito mais fácil se crer no Deus que se revela nas Escrituras, na Pessoa do Pai, na Pessoa do Filho e na Pessoa do Espírito Santo (sabendo que não se trata da mesma Pessoa), do que se crer que o Pai é o Filho e o Espírito ao mesmo tempo, isto sim é que é difícil de ser entender. Esse deus apresentado pela IVV, mais parece um camaleão, em um momento é uma coisa, em outro momento, outra.

O Deus da Bíblia não é Deus de confusão (I Co 14.33), e muito menos passa por metamorfoses (leia atentamente Tg 1.17).

Quanto ao fato de o sr. Moysés dizer que é muito difícil de se crer na doutrina da Trindade, ou que se precisa ter muita fé para se crer nessa doutrina, quero dizer uma coisa, ter fé no que a Bíblia ensina, o sr. Moysés não tem, e compreensão do que é ter fé, menos ainda. A Bíblia diz que:

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.” Hb 11.1.

A fé não se limita em fazer perguntas, somente crê. O sr. Moysés nunca experimentou o novo nascimento (Jo 3.1-6), e não tem o Espírito Santo agindo em sua vida (Jd vs. 18-19), pois distorce as Escrituras Sagradas (II Pe 3.16) colocando significados que melhor se ajustem às suas heresias diabólicas e destruidoras.

Quem revela os mistérios contidos na Palavra de Deus, é o Espírito Santo, pois Ele é o inspirador dos escritores da Bíblia, portanto, é Ele quem nos capacita a entender o Livro que Ele mesmo inspirou (II Pe 1.21), e, uma coisa é certa, não foi o Espírito Santo que inspirou o sr. Moysés a falar tanta heresia no CD Voz Estudo 01.

O Senhor disse:

“Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade;” Jo 16.13, e, “Mas, como está escrito:As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem,são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.” I Co 2.9-11.

Veja agora o que a Bíblia diz do fato de o sr. Moysés não conseguir entender e doutrina da Trindade:

“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” I Co 2.14.

Aí está, a Bíblia explicando o porquê de o sr. Moysés não conseguir entender a doutrina da Trindade, pois ela “se discerne espiritualmente”, e não com conversa fiada.

VII- A pluralidade no nome de Deus

Voltando ao Antigo Testamento, na sua língua original, o hebraico, no livro de Gn 1.1, está escrito assim:

“No princípio, criou Deus os céus e a terra.”

De acordo com o livro “Desmascarando as Seitas” (dos Pastores Natanael Rinaldi e Paulo Romeiro- editora CPAD), a palavra hebraica para Deus neste texto é םיהלא (elohim). O interessante disso é que a palavra elohim é plural e não singular.

Se Deus fosse uma única Pessoa, o correto seria do livro de Gênesis ter usado a palavra hebraica הלא (eloah), que é o singular de elohim, que também significa Deus no hebraico, mas não, o escritor de Gênesis sabia muito bem o que estava fazendo quando usou o termo elohim em vez de eloah, pois quem inspirou o escritor bíblico foi o Espírito Santo, e o Espírito não comete falhas e muito menos propaga a mentira (Jo 16.13^a), e isso entra em completo acordo com os textos de Gn 1.26, 3.22, 11.7 e Is 6.8.

VIII- Textos mal analisados

Na passagem de Jo 3.16, que o sr. Moysés cita, mas não entra em detalhes, também nos mostra a distinção entre Jesus e o Pai. Diz assim o texto:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

Neste versículo tão conhecido, diz que o Pai amou o mundo ao ponto de dar o seu Filho Jesus para morrer pela humanidade. Como podem ser a mesma Pessoa se uma envia a outra para morrer pela humanidade?

Outro texto citado, mas totalmente fora de seu real significado é o de Jo 1.1, que diz:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”

Afirma o sr. Moysés que este texto mostra que Jesus é o Pai, mas outra vez o sr. Moysés coloca um outro significado que não está lá. Se olharmos para o verso seguinte (v.2), vemos que Ele (o Verbo) estava no princípio com Deus (o Pai). O texto de Jo 1.1 poderia ser escrito assim:

“No princípio [Jesus] era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo [também] era Deus.”

Porque João chama Jesus de “o Verbo”? Lembra-se do que está escrito lá em Gênesis, Façamos, Nossa, Nós, Desçamos e Confundamos? Pois bem, Jesus estava nesses verbos, como foi explicado anteriormente (cap. IV).

Agora, se o Verbo que é Jesus estava com Deus, o Pai, logo, não se trata da mesma Pessoa, pois o verbo estar não é o mesmo que o verbo ser. E quando o texto afirma que o Verbo era Deus, não está afirmando que Jesus é o Pai, e sim que Jesus é Deus. Isto concorda com o contexto, em Jo 1.18 onde diz que Jesus realmente estava com o Pai, veja:

“Ninguém jamais viu a Deus [o Pai, é Espírito (Jo 4.24) e um espírito não tem carne e ossos como Jesus tem (Lc 24.39)]; o Deus unigênito [que é Jesus], que está no seio do Pai [ao lado- ECA], é quem o revelou.”

Estar não tem o mesmo significado que o verbo Ser. Usar um texto fora de seu contexto, gera um grande pretexto para se fazer uma grande heresia!

IX- Uma interpretação medíocre

Há um texto em que o sr. Moysés faz uma interpretação tão estúpida, que é digna de ser comentada aqui. O texto é Hb 6.13 que diz:

“Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo.”

Agora veja o que disse o sr. Moysés à respeito desse texto:

“aí meu amigo, meu irmão... Não tinha outro por quem jurar. Se lá no Antigo Testamento já existisse uma Trindade, ou três Pessoas, eu acho, que Ele juraria por uma das duas restantes ou as duas, né? No mínimo. Mas Ele não tinha outro por quem jurar, porque a Bíblia Sagrada diz que Deus é um, Deus é um só.”

Analisando bem o texto de Hebreus 6.13, vemos que Deus não tinha ninguém maior do que Ele, logo, este texto não comprova de forma alguma que Deus seja uma única Pessoa, diz apenas que Ele não tinha ninguém maior do que Ele. No relato do sr. Moysés fica explícita a idéia de que se houvesse três Pessoas na divindade (o que realmente há), então, diante da promessa que Deus fez a Abraão, Ele teria que jurar pelas duas restantes ou por uma das duas, ficando a entender que, o que se passa na cabeça do sr. Moysés é que, na Trindade, um é superior ao outro, ou seja, o Pai é superior ao Filho e o Filho é superior ao Espírito, mas em nenhum momento a doutrina da Trindade afirma que um seja superior ao outro. Afirma sim, que as três Pessoas da Trindade são co-iguais.

X- A igualdade na divindade

Como vimos anteriormente (cap. VI), onde falo do texto de João 14.16, que diz que no grego, a palavra outro é allos, que significa “outro do mesmo tipo”, nos mostra que Jesus é do “mesmo tipo ou igual” ao Espírito Santo, e não superior ao Espírito, mas igual. Agora que já vimos que Jesus é igual ao Espírito, vamos ver então como Jesus pode ser igual ao Pai, sem contudo, se tratar da mesma Pessoa.

No grego há duas palavras para o verbo pedir. Conforme diz o Pastor Paulo César Lima, em seu livro “O que está por trás do G12?” (editora CPAD), estas palavras são αιτεω (aiteo), e ερωταω (erotao):

1- Aiteo: que sugere a atitude de um suplicante, uma petição de alguém que está em posição menor que a daquele a quem suplica, é como uma criança pedindo algo a seu pai (Mt 7.11) ou um vassalo fazendo um pedido ao rei (At 12.20),e;

2- Erotao: cujo uso sugere que o suplicante está no mesmo pé de igualdade ou familiaridade com a pessoa a quem é feito o pedido. É aplicado, por exemplo, a um rei que faz um pedido a um outro rei (Lc 14.32).

Segundo o Pastor Paulo César Lima, o Senhor Jesus nunca usou aiteo para fazer um pedido ao Pai, diz ainda que, a consciência de Jesus de sua igual dignidade, de sua intercessão potente e vitoriosa, é demostrada nisto: Sempre que Jesus pedia ou declarava que pediria qualquer coisa ao Pai, sempre usava erotao, isto é, um pedido que deixava implícita a idéia de igualdade (Jo 14.16; 15.20 e 17.09), e nunca aiteo. Era um Rei fazendo um pedido a outro Rei.

Aí está o porquê de Deus não ter jurado pelas outras duas Pessoas da Trindade, pois elas são co-iguais. Um não é superior ao outro, mas iguais (confere gráfico no capítulo III).

Cada Pessoa da Trindade é descrita na Bíblia como:

ATRIBUTOS	O PAI	O FILHO	O ESPÍRITO
Onipresente	Jr 23.24	Ef 1.20-23	Sl 139.7
Onipotente	Gn 17.1	Mt 28.18	Rm 15.19
Onisciente	At 15.18	Jo 21.17	I Co 2.10
Criador	Gn 1.1	Jo 1.3	Jó 33.4
Eterno	Rm 16.26	Ap 22.13	Hb 9.14
Santo	Ap 4.8	At 3.14	Jo 1.33
Santificador	Jd vs.24,25	Hb 2.11	I Pe 1.2
Fonte da Vida Eterna	Rm 6.23	Jo 10.28	Gl 6.8
Mestre	Is 4.17	Mt 23.8	Jo 14.26
Capacitado a ressuscitar mortos	I Co 6.14	Jo 2.19	I Pe 3.18
Inspirador dos profetas	Hb 1.1	II Co 13.3	Mc 13.11
Salvador	Tt 3.4	Tt 3.6	Jo 3.8
Supridor de ministros às Igrejas	Jr 3.15	Ef 4.11	At 20.28

XI- Deus- o Pai

Nas Escrituras, o nome “Pai” está relacionado a Deus em pelo menos quatro diferentes situações:

1- Deus- o Pai de toda Criação (I Co 8.6; Ef 3.14-15; Hb 12.9). Aqui, o nome Pai se aplica particularmente à primeira Pessoa da Trindade, a quem de maneira muito especial, a revelação divina atribui a obra da criação.

2- Deus- o Pai de Israel (Dt 32.6; Is 6316; Jr 3.4 e Ml 1.6). A palavra Pai também aplicado a Deus para expressar a relação teocrática na qual Ele permanece com Israel, Seu povo do Antigo Testamento.

3- Deus- o Pai dos crentes (Mt 5.45; Mt 6.6 e I Jo 3.1). No Novo Testamento o nome Pai referente a Deus, assume uma dimensão completamente nova, quando fala da paternidade de Deus para com aqueles que nasceram da Palavra e do Espírito.

4- Deus- o Pai de Jesus Cristo (Mt 3.17; Jo 1.14^e Jo 8.54). Num sentido inteiramente diferente, o nome Pai se aplica à primeira Pessoa da Trindade em relação à Segunda Pessoa, isto é, a Jesus Cristo.

O Senhor Jesus afirmou que o Pai é Espírito (Jo 4.24), e a Bíblia afirma que o Pai nunca foi visto em sua verdadeira essência por algum ser humano (Jo 1.18), logo, não pode ser o Filho, pois um espírito não possui carne e ossos como Jesus possui (Lc 24.39). Leia Êx 33.20 e Jó 9.11.

XII- Deus- o Filho

Das três Pessoas da Trindade, somente Jesus Cristo foi revelado pessoalmente e corporalmente aos homens (Jo 1.14). Jesus é 100% Deus e 100% homem.

Como homem Jesus sentia fome (Mt 4.2), sede (Jo 4.7 e Jo 19.28), sono (Mt 8.24-25), cansaço (Jo 4.6), e sofreu tentação como todos os homens (Hb 4.15) mas sem pecado. E como Deus, Jesus é Onisciente (Jo 21.17), Onipresente (Jo 1.48 e Ef 1.20-23), Onipotente (Mt 28.18), e Eterno (I Tm 1.17 e Ap 22.13).

Respondendo o sr. Moysés sobre o fato de ele ter dito que antes da manifestação de Jesus como Filho de Deus, não havia Filho de Deus, mostrando com isso que Jesus não é eterno, diz ainda que somente os anjos eram tidos como Filhos de Deus, mas na epístola aos Hebreus 1.5, o escritor já refuta esse zizizi todo de que antes da manifestação de Jesus como homem, apenas os anjos eram tidos como Filhos de Deus. Diz assim a Palavra do Senhor:

“Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho?” Hb 1.5

Aqui o escritor diz claramente que jamais Deus, o Pai, chamou algum anjo de Filho de Deus. O título “Filho de Deus” (note a letra F maiúscula da palavra Filho) é usada unicamente quando se refere a Jesus Cristo (Jo 1.14), e não a anjos. Quando se diz Filho de Deus, se está afirmando que Jesus também é Deus. Confere com atenção o que diz a Bíblia em Jo 5.18:

“Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.”

Pergunto. Qual era o motivo por qual os judeus queriam matar Jesus? Era pelo fato de Cristo ter afirmado que era Filho de Deus, mostrando com isso a Sua deidade, tanto é que os judeus consideraram a afirmação de Jesus como uma blasfêmia (Lv 24.15-16). Agora, em relação a eternidade de Jesus, o escritor aos Hebreus diz que Cristo não tem princípio nem fim de dias (Hb 7.3).

Se Jesus não existiu antes de sua encarnação, como conciliar esta teoria com o texto de João 17.5 que diz:

“E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.”

E em João 8.58, Jesus diz:

“Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.”

Eu sou, no grego ego eimi εγω ειμι. Porque Jesus disse “eu sou”, usando o verbo no presente? Por que a expressão “eu sou” denota existência eterna, absoluta. Somente Deus, como um Ser Eterno pode dizer eu sou.

Isaías também faz referência a eternidade de Cristo (Is 9.6 - Pai da eternidade), pois somente um Ser Eterno pode ser Pai ou Provedor da vida eterna (conf. Jo 3.16). Miquéias diz que Jesus é “desde os dias da eternidade” (Mq 5.2). Outra vez o sr. Moysés só mostra sua ignorância em relação a hermenêutica bíblica, pois fala do que não entende.

Do Filho, a Bíblia diz:

· Jesus é o Primeiro e o Último (Is 41.4; Cl 1.15-18; Ap 1.17 e 21.6);

· Senhor dos Senhores (Ap 17.14);

· Senhor de todos e Senhor da Glória (At 10.36; I Co 2.8);

· Criador ( Jo 1.3; Cl 1.16; Hb 1.2-10 e Ap 3.14);

· Rei dos reis (Is 6.1-5; Jo 12.41; I Tm 6.15 Ap 1.5 e 17.14);

· Juiz (Mt 16.27 e 25.31-32; II Tm 40.1 e At 17.31);

· Pastor (Is 40.10-11 e Sl23.1);

· Cabeça da Igreja (Ef 1.22);

· Luz Verdadeira (Lc 1.78-79 e Jo 1.4-9);

· Fundamento da Igreja (Is 28.16; Mt 16.18 e I Co 3.11);

· O Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14.6 e Hb 10.19-20 o Caminho);

· A Vida (Jo 11.25; Cl 3.4 e I Jo 5.11-12);

· Perdoador de pecados (Sl 103.3; Mc 2.5 e Lc 7.48-50);

· Preservador de tudo (Hb 1.3 e Cl 1.17);

· Doador do Espírito Santo (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33 e At 1.5);

· Verdadeiro e Fiel (Ap 3.7 e 19.11);

· Ressuscitador de si mesmo (Jo 2.19).

Porém...a Bíblia nada diz que Jesus é o Pai, e o Espírito Santo!

XIII- O falso mestre da IVV

Muitos cristãos, por falta de um estudo bíblico adequado e sério, firmado na Palavra, quando é confrontado a responder se o Espírito Santo é uma Pessoa, ou se o Espírito Santo é Deus, não sabem dar uma resposta. Uns dizem que não sabem, outros não têm certeza, outros acham que sim, outros ainda acham que não, ou não sabem ao certo.

É nisso que dá quando o cristão negligencia o estudo devocional da Palavra de Deus, e o Diabo gosta muito disso, pois é daí começa a surgir tudo quanto é heresias e um monte de coisas que não prestam. Há crentes que parece que estudaram “achologia”, é um crente “achólogo”, que só vivem à base do “acho”, acho que sim, acho que não...

Há outros que, além de não estudar a Bíblia com reverência, oração, sinceridade, e acima de tudo, sob os cuidados, a unção e a direção do Espírito Santo de Deus, acham que interpretam a Bíblia melhor do que o próprio Deus que a inspirou. É nessa classe que entram todos os tipos de pessoas desqualificadas espiritualmente, que interpretam a Bíblia das formas mais absurdas e bizarras, falando e ensinando um monte de erro teológico e doutrinário, enchendo as cabeças dos incautos de minhocas (II Pe 2.1-3), pois ignorando os princípios da hermenêutica e da exegese bíblica, o sr. Moysés chega a afirmar que o Espírito Santo é uma pomba, depois diz que o Espírito Santo não é pessoal (uma Pessoa), pois em Jo 20.22, Jesus assoprou o Espírito nos apóstolos, e ainda tem a cara-de-pau em afirmar, através de um único versículo, que o Espírito Santo tem SANGUE!!!

Parece piada, mas, veja você mesmo o que o sr. Moysés disse a esse respeito:

“Agora vou provar uma coisa sensacional aqui. Você já viu que Jesus é o Pai, que Jesus é o Filho, e eu quero dizer que Jesus é o Espírito Santo. E falar mais pra você, será que o Espírito Santo tem sangue? Muitos dirão: Não! Mas Atos 20.28 diz que o Espírito Santo tem sangue!... para quem sabe o português, aí está dizendo que o Espírito Santo resgatou com seu próprio sangue. (CD Voz Estudo 01)”.

Seria cômico, se não fosse trágico. Mas vejamos o que realmente diz o texto de Atos 20.28:

“Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.”

Em primeiro lugar, o sr. Moysés erra, primeiramente no fato de no início do CD Voz Estudo 01, dizer que “não se deve pegar um versículo à parte e fazer uma outra doutrina...”, é um fariseu hipócrita, pois aqui em Atos 20.28 ele fez isso, usou um único versículo para dizer esse zizizi todo, mas o sr. Moysés caiu na própria armadilha que armou, pois, levando em conta o que já estudamos até aqui, aprendemos que “um espírito não tem carne e ossos...”(veja Lc 24.39), nem pode ser visto a olho nu (Jo 1.18; Êx 33.20 e Jó 9.11), e outra, Deus não é homem (Nm 23.19; I Sm 15.29 e Os 11.9), logo, se não pode ser visto é por que é invisível, e se é invisível não possui carne nem ossos, coisa apalpável, matéria, e se não possui carne o ossos, também não pode possuir sangue. E mais, o texto de Atos 20.28 quer dizer que Jesus é Deus, e não que Jesus é o Espírito Santo, pois somente a segunda Pessoa da Trindade possui carne e ossos. O próprio Senhor Jesus disse em Lucas 24.39 que “um espírito não tem carne e ossos como vedes que eu tenho”, e mais, o próprio nome da terceira Pessoa da Trindade diz tudo, Espírito Santo!

Para quem entende de Língua Portuguesa, vê que o texto diz que foi Deus (o Filho) quem comprou a Igreja com seu próprio sangue. Pedro em I Pe 1.18,19 diz que:

“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso SANGUE DE CRISTO”.

E não o sangue do Espírito Santo... erraste, sr. Moysés, não conhecendo as Escrituras e nem o poder de Deus!

XIV- O Espírito Santo Segundo as Escrituras

Para se definir uma pessoa, esta tem que possuir os três aspectos de uma personalidade. Os aspectos de uma personalidade são:

1- Intelecto (inteligência);

2- Volição (vontade);

3- Emoções (sentimentos).

Quando se diz, definir uma pessoa, não quer dizer que seja necessário ter que possuir carne e ossos, algo apalpável, mas sim, que deve possuir uma personalidade.

O Espírito Santo é uma Pessoa, pois possui os três aspectos de uma personalidade. Ele:

1- É inteligente (I Co 2.10,11);

2- Tem emoções (Ef 4.30);

3- E também vontade (I Co 12.11).

E somente um Ser dotado de personalidade pode realizar certas tarefas como:

1- Ensinar (Jo 14.26);

2- Guiar (Rm 8.14; Jo 16.13 e Gl 5.18);

3- Comissionar (At 13.4);

4- Dar ordem a homens (At 8.29);

5- Agir no homem (Gn 6.3);

6- Interceder pelo homem (Rm 8.26);

7- Ouvir (Jo 16.13);

8- Dar testemunho (I Jo 5.6);

9- Falar (Jo 15.26; At 8.29, 10.19, 13.2 e 28.25; Hb3.7; Ap 2.7^a, 2.19, 3.6, 3.13, 3.22 e 22.17);

10- Habitar no homem (Jo 14.17);

11- Revelar acerca da Palavra de Deus (Jo 16.13 e Lc 2.26);

12- Se apossar de indivíduos (Jz 14.6, 14.19 e 15.14);

13- Incitar indivíduos (Jz 13.25);

14- E também é um intermediário usado por Jesus (At 1.2 e Jo 16.14);

15- E fazer os cristãos lembrarem da Palavra de Deus (Jo 14.26).

Conclusão: Podemos concluir ao analisarmos as referências bíblicas oras citadas que realmente o Espírito Santo é uma Pessoa. Prossigamos agora nesse estudo, analisando cuidadosamente na Bíblia, as referências que nos mostram a divindade do Espírito Santo, ou seja, que o Espírito Santo é Deus.

O Espírito Santo é Deus, pois possui características que somente Deus possui. Ele é:

1- Onisciente (I Co 2.10,11);

2- Onipresente (Sl 139.7);

3- Onipotente (Gn 1.2);

4- Eterno (Hb 9.14);

5- Santo (Jo 1.33);

6- A Vida (Rm 8.2);

7- E a Sabedoria (Is 40.13).

Comparando Hebreus 3.7-9 com Números 14.1-21, vemos que o Espírito Santo é Deus. Nota-se que em Hb 3 quem está falando é o Espírito Santo (vs. 7), e no verso 9, o Espírito diz assim:

“Onde vossos pais me tentaram, me provaram, e viram por quarenta anos as minhas obras,”

No livro de Nm 14.1-21 vemos que foi Deus quem foi tentado pelos israelitas, ficando bem claro que o Espírito Santo é Deus. Em Atos 5.4, nos diz que o Espírito Santo é Deus. O contexto de Atos 5.4 nos informa que Ananias e sua esposa Safira pensaram que podiam enganar o Espírito Santo, guardando parte de um dinheiro da venda de uma propriedade (vs. 3), mas Pedro, no verso seguinte disse que Ananias não havia mentido à homens, e sim a Deus:

“Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo... Não mentiste aos homens, mas a Deus.” At 5.3,4.

Partindo da certeza de que a Bíblia não falha, e não contém erros e nem se contradiz, a conclusão que se chega é que o Espírito Santo é Deus!

Nota-se que em nenhum momento, a Bíblia diz que o Espírito Santo seja o Pai ou Jesus Cristo, mas apenas que o Espírito é Deus.

Conclusão: com tantos argumentos apresentados até aqui, creio ter dado argumentos conclusivos para se crer na Trindade, bem como mostrar a distinção que há entre as três Pessoas da Trindade, e que os ensinos propagados da IVV, não estão, de forma alguma, em harmonia com a Bíblia Sagrada. Porém, tudo o que está escrito neste estudo, jamais substituirá a convicção que o Espírito Santo põe em nossos corações de que realmente as coisas são assim. Diz assim a Palavra do Senhor:

“Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.” I Co 2.9.

XV- O Batismo da IVV

Afirma a IVV, que o batismo nas águas salva e traz remissão de pecados, e que o batismo só é correto quando é realizado somente no nome de Jesus. Agora, vejamos o que a Bíblia diz sobre isso.

No Evangelho de Marcos 16.16 diz:

“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.”

Pergunto: de acordo com este texto, o batismo salva? Não. Não salva!

O batismo em águas é um testemunho público que indica que a pessoa morreu para o mundo de pecados e começou a viver uma nova vida com Cristo. A salvação vem pela fé somente (Ef 2.8).

E o que dizer então de Marcos 16.16?

Lá diz que “quem for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”, logo se vê que o texto termina dizendo que “quem não crer será condenado”, e não “quem não crer e não for batizado”, mas apenas “quem não crer”. E quem é que batizaria alguém que não crê nas Boas Novas da Salvação? Logo, o indivíduo é salvo porque creu (Rm 4.3) e não porque foi batizado.

O batismo não salva e nem perdoa pecados, pois se dissermos que o batismo salva e perdoa pecados, estamos dizendo com isso que o sacrifício feito por Jesus no Calvário não foi suficiente, mas Hb 7.25-27 diz que o sacrifício de Cristo é perfeito e único:

“Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus; Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.”

E no Evangelho de João 8.36 diz que:

“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”

É digno de nota que o ladrão que foi crucificado ao lado do Senhor, foi salvo sem ter sido batizado (leia Lc 23.39-43). A salvação de nossas almas está unicamente em Jesus (Jo 14.6 e At 4.12). Se o batismo salvasse, é curioso notar também que Jesus mesmo nunca batizou alguém (Jo 4.1,2) a o apóstolo Paulo agradecia a Deus por haver batizado poucas pessoas (I Co 1.14-16).

XVI- A forma correta do batismo

A fórmula batismal da IVV, é que o indivíduo tem que ser batizado unicamente no nome de Jesus. Diz ainda que o batismo feito como está em Mateus 28.19 é um batismo forjado pelo homem. Obviamente nunca leram que quem ordena tal forma de batismo é Jesus Cristo (vs.18), neste caso, a IVV afirma que o que o Senhor Jesus ordenou não vale nada, desobedecendo assim, uma ordem do próprio Deus que diz servir. Já imaginou? Uma ordem que o próprio Senhor Jesus ordenou não é válida para nada?

Se a forma correta para o batismo é só no nome de Jesus, por que então a Bíblia não apresenta uma forma padronizada em At 2.38; 8.16 e 10.48? veja:

1- At 2.38: “Em nome de Jesus Cristo...”;

2- At 8.16: “...em nome do Senhor Jesus...”, omitindo a palavra Cristo de At 2.38;

3- At 10.48: “...em nome do Senhor...” , omitindo Jesus Cristo.

Se estivesse revelando alguma fórmula, tais passagens deveriam ser iguais, ou seja, o método deveria ser padronizado. Este zizizi todo levantado pela IVV, resulta apenas na negação da Trindade, e a Bíblia afirma que negar o Pai e o Filho traz condenação (conf. I Jo 2.22-23).

O batismo correto é aquele que o Senhor ordena em Mateus 28.19 que diz:

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.”

XVII- Conclusão

Como vimos até aqui, com todos estes argumentos apresentados neste estudo, creio ter deixado bem esclarecido o que realmente está por detrás da igreja Voz da Verdade, no entanto, fica entendido que:

1- A igreja Voz da Verdade é uma falsa igreja, pois ensina doutrinas contrárias à Bíblia Sagrada;

2- Que seus ensinos são ensinos de demônios e preceitos de homens (II Pe 3.16 e I Tm 4.1,2);

3- O deus apresentado pela IVV é um deus complicado que passa por mutações, e é cheio de equívocos, sendo portanto, muito diferente do Deus apresentado na Bíblia Sagrada (conf. Tg 1.17 e I Co 14.33);

4- O Jesus da IVV é um outro Jesus, muito diferente do que é relatado nas Escrituras Sagradas, esse Jesus da IVV não tem poder suficiente para salvar a humanidade, pois o sacrifício vicário de Cristo não foi suficiente para a salvação da humanidade, daí o fato de precisar ser completado pelo batismo;

5- O Espírito Santo apresentado pela IVV também não é o mesmo apresentado na Bíblia, pois o Espírito Santo da IVV não tem uma definição própria;

6- A IVV é uma igreja influenciada por Satanás e seus demônios, pois propagam a mentira em seus ensinos. A Bíblia afirma que o pai da mentira é o Diabo (Jo 8.43);

7- A IVV apresenta outro evangelho, muito diferente do que é apresentado nas Escrituras, sendo repudiado totalmente pela Bíblia. Gálatas 1.8 diz que: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema”;

8- Que o pastor dessa igreja, o sr. Carlos Alberto Moysés, nada entende de interpretação da Bíblia, mas somente em distorcê-la, pois como todos os falsos mestres, gosta de colocar um outro significado nas Escrituras, para esses, o juízo lavrado por Deus há muito tempo, não tarda, e sua destruição não dorme (II Pedro 2.1-3).

XVIII- Uma palavra aos adeptos e simpatizantes do Voz da Verdade

Está palavra é para você que é simpatizante ou mesmo um adepto da igreja Voz da Verdade, que me acompanhou até aqui neste livro. Quero dizer-lhe que aprecio sua perseverança e coragem por examinar uma crítica de fé que você tanto estima e valoriza. Escrevi este estudo por estar convicto de que há um assunto de vida ou morte, que todos os adeptos e os simpatizantes da IVV necessitam analisar. Trata-se de sua salvação pessoal.

Você sabia que as doutrinas apresentadas por esta falsa igreja afeta, e muito em sua salvação pessoal? Você acha que vale à pena arriscar sua salvação por um grupo musical que ensina heresias? Você sabia que, ou servimos a Deus, ou o Diabo, e que não podemos coxear entre dois pensamentos (I Rs 18.21), e também não podemos servir aos dois juntos (Mt 6.24) e muito menos ser crente morno (Ap 3.15,16)? Portanto, escolha a quem servir, a Deus segundo como está na Bíblia Sagrada, ou como é apresentado pela IVV, a decisão é só sua, bem como sua conseqüência, caso escolha o caminho errado. Você viu no decorrer deste estudo que o deus apresentado pela IVV não é o mesmo Deus apresentado pela Bíblia, e que o Jesus apresentado por essa seita, também não é o mesmo Jesus que a Bíblia apresenta. Sem contar que o Espírito Santo e o Evangelho apresentado pela IVV não são, nem de longe, os mesmos como apresentados pela Bíblia Sagrada (II Co 11.4).

Somente o Jesus, como apresentado nas Escrituras pode salvar. Não se pode acrescentar algo à Obra Expiatória de Cristo, pois fazer isto é pecado, digno de ser punido com a perdição eterna. Os argumentos que apresentei neste estudo podem parecer loucura, mas escrevi baseado no que está escrito conforme a Bíblia Sagrada, pois apenas foi fiel à tarefa que me Deus propôs, afim de que você não seja levado por todo vento de doutrina (Ef 4.14).

O profeta Isaías disse assim:

“Se eles não falarem segundo esta palavra (referindo-se às Escrituras) , é porque não há luz neles.” Is 8.20.

E o apóstolo Pedro ratificou isso quando diz:

“Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus.” I Pe 4.11^a.

Portanto, como cristãos, temos a obrigação de aceitar tudo o que a Bíblia diz se quisermos ir para o céu, pois se trata da Palavra de Deus (Jo 10.24^a), e temos a obrigação de rejeitar tudo o que vai de contra às verdades apresentadas nela.

Amigo, “procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja bem a palavra da verdade (a Bíblia), (II Tm 2.15), e procure “crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo” (II Pe 3.18), para que você não seja como muitos que, como meninos inconstantes, são agitados de um lado para outro por todo vento de doutrina (Ef 4.14), ou seja, que vai pelo o que os outros dizem sem conferir na Bíblia se está certo ou errado. Por isso, restaure a sua comunhão com Cristo, rejeitando tudo o que essa igreja crê, ensina e canta. Jogue fora, não dê para ninguém, discos, fitas, CDs, álbuns, revistas, enfim, tudo o que propagam as heresias do Voz da Verdade, pois a verdadeira ovelha de Cristo, reconhece a voz do Pastor (Jo 10.27), e o segue, de acordo com a sã doutrina (Tt 2.1).

Escrito está: “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.” “Vede que eu vos tenho predito.” (II Pe 2.1-3 e Mt 24.25).

Voz da Verdade – Pesado foste na balança, e foste achado em falta !

Estudo feito por Douglas Diniz e está registrado na Biblioteca Nacional. Todos os direitos reservados.