A ORIGEM DA ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL
Em 19 de Novembro de 1910 chegaram ao Brasil dois pastores. O primeiro era Gunnar Vingren, um ex-pastor batista que fora excluído do ministério pela Igreja Batista de Michigan. O segundo era Daniel Berg que também fora excluído da comunhão batista. Depois de receberem os dons de William Seimor, e para atender a um sonho de um irmão chamado Adolf Uldin, vieram para o Brasil. Chegando em Belém de Pará se apresentaram a Eurico Nelson, um missionário batista no Amazonas. Identificando-se como batistas, ofereceram-se para ajudar no trabalho e pediram hospedagem. Como não tinham carta de recomendação, e nem podia ter pois eram excluídos, o missionário deixou-os usar o porão da igreja como casa.
Logo depois Eurico Nelson precisou viajar para o sul. Essa viagem deu oportunidade para que os dois recém chegados pedissem ingresso na igreja, declarando-se membros de uma igreja nos Estados Unidos. Vingren declarou sua condição de pastor e a igreja recebeu-os com alegria. Como não sabiam falar português e nem os membros inglês - com exceção de um - tudo ficou muito fácil. Nota-se uma certa desonestidade em como eles conseguiram a entrada na igreja. Primeiro que não falaram que eram membros excluídos. Depois porque não esperaram a volta do pastor titular que, naquele tempo, tinha que fazer a viagem de Belém de Pará ao Sul de Navio, e levaria meses para voltar.
Os dois foram mais desonestos ainda quando começaram a fazer cultos no porão da igreja. Só alguns membros eram convidados e as reuniões começavam após o término dos cultos regulares da igreja. Nessas reuniões havia estranhas línguas e estranhos ruídos. Alguns membros da igreja começaram a adotar as idéias dos falsos irmãos. Aumentando o número e chegando ao ponto de haver manifestações pentecostais numa reunião de oração da igreja, o evangelista Raimundo Nobre convocou, com o apoio da maioria dos diáconos, uma sessão extraordinária, e os adeptos de Vingren e Berg foram excluídos. Ao todo foram treze pessoas excluídas. (dezenove segundo o MP 06-96). No meio deles estava o moderador da Igreja, substituto direto de Eurico Nelson, José Plácito da Costa, homem culto e o provável tradutor das mensagens pentecostais nas reuniões do porão. A igreja contava com 170 membros, assim, é estranho que o historiador pentecostal, Emilio Conde, diga que a minoria excluiu a maioria.
Vingren e Berg não pararam por aí. Continuaram a fazer o trabalho de proselitismo dentro das igrejas batistas. Percorreram o Brasil inteiro na busca de novas renovações. Pode-se dizer que em muitos casos foram bem sucedidos. O próprio Vingren afirma em seu diário que: "Por onde íamos, buscávamos nas igrejas e nas casas dos batistas infundirem o novo batismo". Este novo batismo constituía de doar aos crentes já convertidos o dom de línguas.
Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/gilberto_s/historiaigreja/cap12.html
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