
A Bíblia torna meridianamente claro que a cruz de Cristo é o coração da mensagem para os incrédulos e também para os nascidos de novo, pois nela encontramos refúgio aos desatinos deste mundo perverso e vencemos as obras da carne e do diabo. Cristo ordenou que tomássemos a nossa cruz e O seguíssemos. Esta não é uma opção, mas uma obrigação.
Na cruz, existe mais profundidade em sabedoria do que em todas as bibliotecas do mundo. O Apóstolo Paulo diz, na 1 Coríntios 2:2: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado”. Isto caracterizou a pregação e estilo de vida do maior apóstolo de Cristo e sua pregação transtornou o mundo pagão de sua época (Atos 17:6). Ele também diz: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus”. (1 Coríntios 1:18).
Um dos maiores problemas hoje observado, nos púlpitos cristãos, é a mania de reinterpretar a Palavra de Deus, a fim de modernizá-la, adaptando-a ao contexto atual. Um dos maiores responsáveis por esse desvio é o Pr. Rick Warren, através da sua Igreja Saddleback, com milhares de membros, e dos seus livros “Com Propósito”, vendidos aos milhões, no mundo inteiro. Ocupando um alto cargo dentro da UNESCO, Warren revitaliza o seu famoso “Plano Global”, tentando reunir todas as religiões em uma única religião mundial, a qual, obviamente, será a religião da Nova Era, ou seja, a do Anticristo.
A união das religiões do mundo até pode trazer a (falsa) paz mundial, mas nunca a vida eterna, pois esta somente é conseguida através de uma PESSOA (Jesus Cristo) e não de uma religião criada por homens pecadores e corruptos. Somente obedecendo as palavras de Jesus Cristo, pelas quais seremos todos julgados (João 12:48), é que poderemos viver, eternamente, na beleza de Sua augusta presença. Somente o Evangelho de Cristo tem o poder de transformar o homem que O aceita (Romanos 1:16), por ter sido assinado com o sangue mais precioso do universo.
Certa vez, um homem que fora condenado à morte por causa dos seus hediondos crimes, recebeu esta notícia: “Você está livre porque outro homem vai morrer em seu lugar”. Este criminoso chamado Barrabás fora substituído pelo Homem mais santo que já existiu no mundo - o Senhor Jesus Cristo. Barrabás seria o primeiro homem a dizer, literalmente: “Jesus morreu por mim”. Contudo, Barrabás não foi salvo da morte eterna, porque não reconheceu a divindade de Cristo. É provável que ele tenha voltado à sua pregressa vida criminosa, visto como não se tornou uma “nova criatura”, nem se conscientizou da inocência de Cristo, como o ladrão que foi crucificado ao Seu lado.
Conheço pessoas que, após escutarem o Evangelho, respondem: “Ainda sou jovem. A senhora já é idosa e pode viver somente para Deus. Mas, ainda é cedo para eu entregar minha vida a Cristo e frequentar uma igreja... Preciso aproveitar o tempo, a fim fazer tudo que eu gosto, antes de pensar em me tornar um crente”. Perigosa ilusão! E se a morte chegar mais depressa do que a tempestade, 11/01, em Teresópolis, matando cerca de 1.000 pessoas?
Em Hebreus 10:30-31, lemos: “Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo”. E mais: “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram” (Hebreus 2:3). Finalmente temos uma garantia: “E [Cristo] livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão” (Hebreus 2:15). Não é trincando os dentes (como eu fiz ontem à noite, quando encarava um problema), que podemos vencer a tentação. Somos mais que vencedores, quando deixamos morrer o nosso EGO, o qual, infelizmente, está sendo tão exaltado pelos psicólogos seculares e, até mesmo, pelos chamados “psicólogos cristãos”.
Em Romanos 6:11, lemos: “Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor”. Somente quando estamos mortos em Cristo é que podemos experimentar a Sua vida em nós (Gálatas 2:20). A vida que Ele nos dá está embasada na Sua Ressurreição e só ressuscita quem antes morreu. Jamais poderemos experimentar a alegria da plenitude do Espírito Santo, sem que, antes, tenhamos morrido voluntariamente para o nosso EGO.
Ao contrário das pregações triunfalistas, tão comuns, hoje em dia, nas igrejas “avivadas”, com as pessoas pulando, rebolando e acreditando que toda aquela efusão é fruto do Espírito, devemos obedecer ao mandado de Habacuque 2:20: “O Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra”, pois o Espírito de Deus é manso, suave e discreto, tendo vindo ao mundo para glorificar o Nome de Cristo e não para ser usado e abusado pelos cristãos vazios do conhecimento bíblico....
Cristo padeceu e morreu na cruz para nos livrar da morte eterna e nos deixou a celebração da Ceia para que recordássemos o Seu sacrifício. Não praticamos a teologia da transubstanciação, nem a da consubstanciação, mas apenas a teologia da “memória”, pois Ele disse para tomarmos o pão e o cálice com estas palavras: “Fazei isto em memória de mim” (1 Coríntios 11:24-c).
Quando meditamos sobre o maior evento de todos os tempos, em todo o universo, o qual aconteceu na rude cruz do Calvário, seguido do sepultamento e ressurreição de Cristo, sentimos uma enorme gratidão por tão grande amor, ali demonstrado por nós. Nesse momento, a rude cruz de madeira (na qual foi pregado o mais santo de todos os homens do mundo - Jesus Cristo) se transforma em brilhante coroa de ouro e pedras preciosas, pela qual Ele trocará a rude cruz de todos os que amam a Sua vinda.
Dave Hunt - "The Preaching of the Cross"
Traduzido e adaptado por Mary Schultze, em 23/01/2011.
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