
Se hoje cheguei onde estou agora, é por que no passado
estive ao lado desses três homens de Deus.
Você já leu a Bíblia hoje?
2 Tm 3.16,17
Quem lê a Bíblia diariamente...
...Sabe mais acerca de Deus
...Pensa melhor antes de fazer qualquer coisa
...Compara idéias para não cair em heresias
...Prepara-se melhor para combater o pecado
...Tem o que falar ao descrente
...Tem o que responder aos contradizentes
...Fundamenta suas opiniões na Palavra da Verdade
...Aumenta sua compreensão acerca das coisas do céu
...Melhora o vocabulário, por ser um cidadão do céu
...Tem mais chances de acertar o caminho
...Absorve experiência na vida cristã
...Sabe que o que está acontecendo, é sinal de que Jesus já está voltando!
- Não, pastor, nós somos darwinistas; cremos na doutrina da evolução e não cremos no Evangelho. Nós cremos que descendemos do macaco.
Mas o pastor não ficou devendo a resposta. Ele disse em alta voz:
- Desculpem, desculpem, meus senhores! Deus me enviou a pregar aos homens, mas não aos macacos!
O que aconteceu aos estudantes? De noite foram perturbados em sonhos com a aparência de macacos. Os “parentes” se revelaram no subconsciente. Começaram a meditar sobre a sua genealogia. No culto seguinte, os dois não mais se sentaram na galeria do templo, mas no meio dos que piedosamente escutavam a pregação. Quando o missionário ia passando por eles, eles o chamaram:
- Que desejam os senhores? – Perguntou o pregador.
- Queremos que o senhor ore por nós.
- Não posso. Deus me enviou a pregar o Evangelho aos homens, não aos macacos.
- Mas nós somos homens – apressaram-se a dizer.
Logo o pastor estava ao lado dos estudantes, ajoelhado, em oração pela salvação deles. E Deus os salvou porque eram homens. A redenção feita por Jesus no Gólgota é válida para todos os homens.
(Trecho retirado do livro Apologia da Fé Cristã, do Pr. Abraão de Almeida – Ed. CPAD, pg 166,167)
“E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.” Mt 24.22
A que tempo que se refere o Senhor neste versículo ao dizer acerca dos dias abreviados? Esses dias abreviados são os dias durante a Grande Tribulação, ou os dias (ou Era) da Graça antes da Tribulação?
Os dias abreviados a que esse versículo se refere diz respeito ao período da Grande Tribulação. Em Mt 24.1,2 vemos os discípulos mostrando a estrutura do Templo ao Senhor, que, aproveitando a oportunidade, profetiza acerca da destruição de Jerusalém que ocorreria no ano 70 D.C. No versículo 3 os discípulos interrogam o Senhor sobre o fim dos tempos. Do versículo 4 até o versículo 13 falam acerca do período que antecede ao arrebatamento da Igreja. O versículo 14 refere-se ao período de sete anos da Tribulação, pois o termo fim neste versículo não se refere ao Arrebatamento, que já terá ocorrido, mas refere-se ao fim dos tempos.
O versículo 15 já está se referindo ao meio da Tribulação (três anos e meio), quando o Anticristo romperá com a aliança feita com os judeus (Dn 9.27) dando início ao período da Grande Tribulação, os últimos três anos e meio, que se prorroga pelos versículos 16 até o 31. O versículo 22 refere-se aos últimos três anos e meio, denominado pela Teologia de Grande Tribulação. Os dias abreviados referem-se aos três anos e meio, ou, metade da última semana de Dn 9.27.
Os que aplicam Mt 24.22 para dizer que esses dias abreviados referem-se a Era da Graça, querem ter base para apoiar a suposta doutrina de que não haverá salvação após o Arrebatamento da Igreja. Dizer que não haverá salvação após o Arrebatamento da Igreja é desconhecer por completo diversas passagens que falam a respeito.
Mt 24.22 é uma dessas passagens. Como vimos, refere-se a última semana de Dn 9.27, e esse versículo é bem claro quando diz “E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria...” .
Em Ap 6.9-11 vemos que debaixo do Altar estavam as almas dos que foram mortos no período da tribulação e clamavam por vingança: “E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram.”
Em Ap 7.9 diz “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos”, e nos versos 13 e 14 está escrito: “E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.”
Ap 15.2 diz: “E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus.”
Ap 20.4 diz: “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.”
É muito significativo o texto de Joel 2.32 que diz: “E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o Senhor, e entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar.”
Dizer que essas passagens referem-se a nação de Israel, porque são judeus que estão espalhados por toda terra, e, portanto, trata-se de judeu alemão, judeu brasileiro, judeu italiano, etc, é distorcer as Escrituras. Em nenhum lugar das Escrituras Israel é comparado com as outras nações, pois é um povo distinto, separado das outras nações. Nm 23.9 diz que “Porque do cume das penhas o vejo, e dos outeiros o contemplo; eis que este povo habitará só, e entre as nações não será contado”. E no próprio texto de Ap 7.9 vemos o erro de interpretação que fizeram. Neste versículo fala de “...uma multidão, a qual ninguém podia contar...”. O profeta Isaías disse que apenas um remanescente é que será salvo: “Porque ainda que o teu povo, ó Israel, seja como a areia do mar, só um remanescente dele se converterá; uma destruição está determinada, transbordando em justiça.” (Is 10.22), e Paulo repete em sua epístola aos romanos: “Também Isaías clama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo.” (Rm 9.27). Jeremias desenvolveu o mesmo pensamento quando diz: “Naqueles dias, e naquele tempo, diz o Senhor, buscar-se-á a maldade de Israel, e não será achada; e os pecados de Judá, mas não se acharão; porque perdoarei os remanescentes que eu deixar.” (Jr 50.20). “Multidão que não se pode contar” e “remanescente” são termos diametralmente opostos entre si.
Além da má interpretação de textos bíblicos, esquece-se de que em todas as Eras passadas sempre houve oportunidade para o homem alcançar a salvação, logo, porque não terá naquele período? Os que forem salvos naquele tempo não pertencerão ao grupo dos salvos que constituem a Noiva do Cordeiro, mas serão salvos, por que “lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” (Ap 7.14).
A ressurreição dos salvos abrange pelo menos três grupos distintos de ressuscitados (I Co 15.23), que são assim identificados:
1- As Primícias de Primeira Ressurreição. Este grupo é formado por Cristo e os santos que ressuscitaram após Sua morte na cruz (I Co 15.20, 23; Mt 27.53; Cl 1.18). A Festa das Primícias (Lv 23.10.12) tipificava isto, quando um molho (que é coletivo) era movido perante o Senhor. Molho implica em grupo. Esta festa típica previa Jesus ressuscitar com um grupo, o que de fato aconteceu. Desse modo a ressurreição dos fiéis começou, pois Cristo – as primícias da ressurreição – já ressuscitou (At 26.23).
2- A Colheita Geral da Ressurreição. Este grupo é formado pelos santos que vão ressuscitar no momento do arrebatamento da Igreja (I Ts 4.16). São todos os mortos salvos desde Adão.
3- Os Rabiscos da Colheita. (Lv 23.22). Este último grupo é formado por gentios salvos e martirizados durante a Grande Tribulação, os quais ressuscitarão logo antes do Milênio (Ap 6.9-11; 7.9-14; 15.2; 20.4).
Por Douglas Diniz 2009
Eis uma história que nem todos conhecem, mas que nos leva a pensar se precisamos mesmo conviver com a rivalidade.
Refere-se a dois dos três tenores que encantaram o mundo, cantando juntos. Mesmo quem nunca visitou a Espanha, conhece a rivalidade existente entre catalães e madrilenos, dado que os catalães lutam pela autonomia, em uma Espanha controlada por Madri. Pois bem, Plácido Domingo é madrileno. José Carreras é catalão. Devido às questões políticas, em 1984, Carreras e Domingo tornaram-se inimigos. Sempre muito solicitados em todo o mundo, ambos faziam questão de exigir nos seus contratos, que só atuariam em determinado espetáculo se o adversário não fosse convidado.
Em 1987 apareceu a Carreras um inimigo muito mais implacável que o seu rival Plácido Domingo: foi surpreendido por um diagnóstico terrível, leucemia. A sua luta contra o câncer foi muito difícil, tendo-se submetido a diversos tratamentos, a um transplante de medula óssea, além de uma mudança de sangue, que o obrigava a viajar mensalmente até aos Estados Unidos.
Nestas circunstâncias, não podia trabalhar e apesar de ser dono de uma fortuna razoável, os elevadíssimos custos das viagens e dos tratamentos, dilapidaram suas finanças. Quando não tinha mais condições financeiras, teve conhecimento da existência de uma fundação em Madri, cuja finalidade era apoiar o tratamento de doentes com leucemia. Graças ao apoio da fundação “Formosa”, Carreras venceu a doença e voltou a cantar.
Voltou a receber os altos cachês que merecia, e resolveu associar-se a fundação.
Foi ao ler seus estatutos, que descobriu que o seu fundador, maior colaborador e presidente da fundação, era Plácido Domingo. Depressa soube que Domingo tinha criado a fundação para ajudá-lo e que se tinha mantido no anonimato para que ele não se sentisse humilhado ao aceitar o auxílio de seu “inimigo”. Mas... o mais comovente foi o encontro de ambos. Surpreendendo Plácido Domingo em um de seus concertos em Madri, Carreras interrompeu a atuação deste, subindo ao palco e humildemente, ajoelhou-se aos seus pés, pediu-lhe desculpas e agradeceu-lhe publicamente. Plácido ajudou-o a levantar-se e com um forte abraço, selaram o início de uma grande e bela amizade.
Mais tarde uma jornalista perguntou a Plácido Domingo porque criara a fundação “Formosa”, em um gesto que além de ajudar um “inimigo”, ajudava também o único artista que poderia fazer-lhe concorrência. A sua resposta foi curta e definitiva:
- Porque uma voz como aquela não poderia perder-se.
(Essa é uma história real da nobreza humana e deveria nos servir de exemplo)
Autor desconhecido.
A primeira coisa que devemos entender é que o Senhor controla e governa todas as coisas, inclusive os fenômenos naturais do planeta Terra. A natureza não é uma força independente de Deus, cujo poder é tão grande a ponto de impedir ou desafiar os planos do Senhor. Secas e enchentes, terremotos ou maremotos, furacões e tempestades, tudo é controlado pelo poder divino.
Essa ideia é o centro da resposta que Deus dá, quando Jó questiona a Sua justiça. O ser humano não conhece plenamente o Universo criado por Deus e nem sabe explicar todas as leis que regulam o funcionamento da criação, como poderia então entender a forma como Deus dirige a vida das pessoas? Deus, no entanto, não apenas conhece, como Ele mesmo estabeleceu a Terra e tudo o que existe, fixando as leis que regem o mundo material. O Senhor é soberano sobre a terra, mas também sobre o mar (Jó 38.12-16), a morte (Jó 38.17), a luz e as trevas (Jó 38.19,20), os fenômenos climáticos (Jó 38.22-30), as estrelas e os céus (Jó 38.31-38) e os animais (Jó 38.39; 39.30).
O terremoto no Haiti, assim como os deslizamentos de terra acontecidos no Ano Novo em Angra dos Reis e outros desastres naturais, todos eles estão debaixo do controle divino. Mais do que isso: eles foram decretados por Deus. Como disse Jesus: “Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados. Não temais, pois! Bem mais valeis vós do que muitos pardais.” (Mateus 10.9-31). Um pardal só pode morrer se o Pai consentir. E é certo que um ser humano vale mais do que um bando inteiro de pássaros. Seria possível então que mais de cem mil pessoas morressem sem que houvesse nisso o consentimento do Pai? Na verdade, a Bíblia vai além. Não apenas o terremoto, mas tudo o que acontece é fruto de um decreto ou determinação divina: “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.” (Salmo 139.16).
“Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Daniel 4.35).
“Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade...” (Efésios 1.11).
Não é preciso dizer que Satanás causou esse ou qualquer outro desastre. Ainda que o diabo tenha sido o autor imediato, Deus é Aquele que controla todas as coisas, incluindo as ações de homens, anjos e até mesmo de seres inanimados, como a terra ou a água. Deus tem direito de vida ou morte sobre os seres humanos. Se Deus tinha poder para impedir esse desastre, por que então Ele não o fez? Será que Deus foi mau por ter decretado que a terra tremeria no Haiti na noite do dia 12 de janeiro? Certamente Deus não é mau. Ele tem um propósito em cada ato bom ou ruim que acontece no mundo. Não somos governados por um Ser arbitrário ou caprichoso, que mata ou salva pessoas injustamente. A razão pela qual Deus determina que esse tipo de desgraça aflija a humanidade é o pecado. Doenças, envelhecimento, acidentes violentos, desastres naturais, a morte enfim, tudo isso é o justo castigo que Deus inflige aos seres humanos por causa dos nossos pecados. Como diz a Bíblia:
“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus , nosso Senhor”. (Romanos 6.23).
Todos os seres humanos, sem exceção, incluindo loucos ou bebês de colo, são dignos de morte porque todos pecamos e nossa natureza já é marcada pelo erro desde que nascemos: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus...” (Romanos 3.23).
“Como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer”. (Romanos 3.10-12).
“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”. (Romanos 5.12).
“Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe”. (Salmo 51.5).
Na verdade, o salário do pecado não é a morte física, mas sim a morte espiritual, aquilo que a Bíblia chama de lago de fogo: “Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”. (Apocalipse 20.12-15).
Sei que essa ideia não é agradável. Para muitos, Deus poderia ser mais brando e dar um castigo menor aos seres humanos por causa do pecado. Uma eternidade de tormentos é um cenário muito mais assustador do que os tremores no Haiti ou até mesmo campos de concentração nazistas. Contudo, o pecado é uma ofensa dirigida ao nosso Criador, a um Ser Perfeito, que criou um mundo perfeito. Mais do que isso, é uma ingratidão contra Aquele que sustenta todas as coisas. Se vivemos, respiramos, se fazemos qualquer coisa, é porque o Senhor nos dá condições. Em todas as coisas, inclusive nas mais básicas, a humanidade depende de Deus: “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais...” (Atos 17.24,25).
“Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas...” (Hebreus 1.3).
Se um crime contra um desconhecido já é alvo de punição por parte de homens, imagine um crime cometido contra o Todo-Poderoso, de quem dependemos para absolutamente tudo? Se esse argumento ainda não basta, precisamos sempre nos lembrar que Deus tem sobre nós o direito que um Criador tem sobre sua criação:
“Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?” (Romanos 9.20,21).
“Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre outros cacos. Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem alça.” (Isaías 45.9).
O Senhor pode fazer com os seres humanos o que bem entender, assim como podemos fazer o mesmo com as coisas que nós inventamos. Mais do que isso: se o ser humano cria algo que se revela nocivo a ele, por acaso não destruímos essa invenção? Se um animal de estimação nos ataca, a maioria de nós não se livraria dele? Deus, no entanto, é misericordioso. Embora Ele julgue, com justiça, os erros dos seres humanos, enquanto nós vivemos neste mundo ainda desfrutamos de uma condenação parcial por nossos erros. A fome, a depressão, a solidão, tudo isso ainda é mais leve do que a justa pena por nossos erros. Por isso o rei Davi podia dizer: “Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidades...” (Salmo 103.10).
Mas, uma hora todo ser humano se defronta com o juízo divino. E, como todos nós somos pecadores, qualquer um de nós pode perecer com uma enfermidade ou em um acidente ou catástrofe. Por isso, o Senhor pode dizer: “Vede agora que Eu Sou, Eu somente, e mais nenhum deus além de mim; eu mato e faço viver; eu firo e eu saro; e não há quem possa livrar alguém da minha mão...” (Deuteronômio 32.39).
Quando os desastres acontecem, o Senhor está apenas sendo justo. É preciso que nós entendamos que o Juiz é Deus, e os réus somos nós, e não Ele.
Deus chama os seres humanos ao arrependimento. Contudo, a justiça não é o único propósito de Deus em desastres assim. Para os vivos, essas catástrofes são um chamado de Deus ao arrependimento. Isso foi o que Jesus Cristo ensinou quando Pilatos assassinou a galileus no templo e dezoito pessoas morreram em um acidente: “Naquela mesma ocasião, chegando alguns, falavam a Jesus a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com os sacrifícios que os mesmos realizavam. Ele, porém, lhes disse: Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas? Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis. Ou cuidais que aqueles dezoito sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis”. (Lucas 13.1-5).
A mensagem de Jesus é clara: se não nos arrependermos, então morreremos, cedo ou tarde, como os vitimados em desastres. Da morte física não podemos escapar, mas da condenação eterna sim, desde que haja arrependimento. Mas, o que é se arrepender? Na Bíblia, arrependimento é mais do que a tristeza pelo erro cometido: é mudar de direção. A ideia é de alguém que para, dá meia volta e faz o inverso do que fazia antes. Mais do que isso: uma das palavras usadas é o grego metanoia, que significa "mudança de mente".
Na verdade é preciso mais que mudar a mente, é preciso mudar quem nós somos. Por isso, Jesus fala do novo nascimento: “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido Espírito é espírito”. (João 3.5,6).
Na verdade, o arrependimento genuíno é uma graça dada pelo próprio Deus: “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento”. (Romanos 2.4).
Como saber se essa bondade chegou até você?
Simples. Certamente você já pôde refletir aqui sobre como o pecado prejudicou a humanidade e como ele é algo sério e abominável aos olhos de Deus. Se você sente tristeza por causa disso, reconhece que é culpado diante do Senhor e deseja viver uma nova vida, escapando assim da ira do Senhor, então Jesus o está levando a arrepender-se.
Apesar de tantas catástrofes, lembre-se de que a maior de todas elas foi sofrida por Jesus Cristo. Em vida, Ele viveu como pobre, provavelmente perdeu cedo a José e foi perseguido pelos religiosos de sua época. Ele não pecou, mas foi espancado, torturado, humilhado e abandonado por seus discípulos. Ele morreu na cruz, com pregos nas mãos e nos pés, onde ficou pendurado por seis horas. Mas tudo isso tinha um propósito: salvar pessoas. Cristo sofre, no lugar dos filhos de Deus, a pena que nós merecemos pelo pecado:
“Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados por seu sangue, seremos por ele salvos da ira”. (Romanos 5.6-8).
Há saída para a morte. Há livramento para o pecado. Mas isso é algo que somente Deus pode fazer. Somente Cristo pode sofrer o nosso castigo e somente Deus pode mudar a nossa mente. E a forma pela qual Deus faz isso é pela fé: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor, e em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para a justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido. Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. (Romanos 10.9-13).
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3.16).
Quando a terra treme, o morro desce ou o mar invade a terra, Jesus chama a humanidade para Si. Ele nos diz que algo ainda pior pode nos acontecer. Mas, em amor, Ele nos dá a saída. Nos mostra um caminho melhor. O caminho da cruz. Deus chama a Igreja (o corpo de Cristo na Terra) a ajudar aos que sofrem. Andar com Jesus é viver uma nova vida, é mudar de mente, nascer de novo. E isso implica em uma nova atitude: a de amar o nosso próximo. Mesmo que o terremoto seja fruto da justiça de Deus, Ele espera que Seus filhos mostrem também a misericórdia do Senhor: ajudando a achar os desaparecidos, consolando os vivos, levando comida e remédios aos desabrigados, reconstruindo as casas destruídas, pregando o Evangelho. Como ordenou o Senhor:
“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas.” (Mateus 7.12).
E, se a tragédia tiver levado filhos de Deus, que nos lembremos de que o Senhor age pelo sofrimento para nos aperfeiçoar:
“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança”. (Romanos 5.3,4).
“Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo”. (II Coríntios 12.9).
E, por mais que seja duro de acreditar, mas creiamos que, mesmo em meio ao mal, Deus age a nosso favor: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. (Romanos 8.28).
Que possamos então, chorar com os que choram...no Haiti, em Angra dos Reis, no Rio Grande do Sul, em nossa rua. Orar por eles. Ajudarmos com o que pudermos, inclusive abrindo a casa ou dando dinheiro. E mostrando aos que sofrem que há um Deus que pode nos livrar da morte.
Louvado seja o nosso Deus, que está sempre presente... mesmo quando a terra treme.
Pr. Helder Nozima
(Helder Nozima é pastor presbiteriano)
Fonte: http://5calvinistas.blogspot.com/2010/ 01/onde-esta- deus-quando- terra-treme. html